Num mundo completamente configurado pela mobilização total a única atitude individual ainda aceite é participar e servir: para uma tal ordem, o homem deve ou dominar a mobilização total do mundo ou conformar-se com a ordem estabelecida e engrossar as vagas da mobilização. A consequência da mobilização total do mundo é o cancelamento das alternativas e a formatação do humano.
Contudo, aquilo que define o universal humano - o sujeito humano - é, precisamente, a capacidade de se diferenciar em relação ao mundo. De modo que, num mundo em que a mobilização alastra e que põe como destino a mobilização global, resta ao homem, na medida em que queira permanecer humano, não dominar o processo, mas sim diferenciar-se em relação à mobilização.
Entretanto, continua a ser verdade o que sempre foi verdade em todos os tempos: há poucos indivíduos singulares e talvez seja verdade que nunca os houve ou haverá; a condição imediata do homem é a de espécime.
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