sábado, 26 de maio de 2012

Do sentido da vida

A propósito de ausência de sentido e o sentido disso...


‎"Se a vida não tem um sentido, então..."

Seja o que for que se siga às reticências é apresentado como fundamentado na "falta de fundamento":

"Se a vida não tem um sentido, então valia mais não ter nascido. A vida não tem sentido. Logo, valia mais não ter nascido."

A ausência de sentido adquire sentido (neste caso, negativo: não haver sentido na vida parece querer dizer alguma coisa, a saber, que valia mais não ter nascido).

Mas o que está verdadeiramente em causa é saber SE:
1) A vida não tem sentido (pode acontecer que apenas ainda não se tenha revelado);
2) A ausência de sentido pode ter algum sentido;
3) Ainda que a ausência de sentido tenha um sentido, este sentido é aquele que é proposto no argumento em causa (pode acontecer que o sentido da ausência de sentido seja a necessidade de criar sentido, pois parece que o próprio argumento indicado "cria" um sentido na falta de sentido, ainda que crie negativamente).

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