A propósito da pergunta pelo sentido e da sua aparente inutilidade
"Como ser num mundo vazio de sentido?"
Uma pergunta fundamental que não se mostra importante até se abater sobre uma pessoa e aterrá-la sob os escombros do mundo inóspito em que já não se habita.
Habitualmente, tudo se passa como se se sobrepusesse à questão "o que é existir?". Parece quase sempre que há coisas "realmente" importantes a questionar, em vez disto...
Contudo, por vezes todo o habitual resvala no nada, e a pergunta interroga-nos mais fundo que qualquer ocupação, mais intimamente que qualquer negócio, como se nos atravessasse fundo onde já não somos "nós" e nos ferisse de urgência...
Esses momentos são decisivos, tão decisivos que levaram Camus a dizer "o único problema verdadeiramente filosófico é o suicídio". Nesses momentos, a questão existencial mostra a sua importância quando tudo o mais resvala, não cumpre a sua função de bóia, e o humano, que passou a vida toda ao lado da questão "o que é existir?", como se fosse mera banalidade, afunda-se no NADA.
terça-feira, 29 de maio de 2012
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