"Segundo o seu próprio sentido, uma perspectiva crítica (ou que tente sê-lo) acha-se, assim, obrigada à detecção dos seus próprios ângulos cegos, à prospecção do que pode estar a escapar-lhe, quer dizer, a uma pressão para sair do ângulo fechado em que porventura se ache – para sondar a possibilidade de ainda ser unilateral e fechada e conseguir ganhar ângulo para as perspectivas que porventura se situem além dos seus próprios limites. O ser crítica – ou melhor, o tentar sê-lo – veda-lhe a possibilidade de se estabilizar na sua própria óptica, exige-lhe que tente continuamente sondar para lá de si e entrar em confronto com esse exterior."
Mário Jorge de Carvalho, O egoísmo lógico e a sua superação – um aspecto fundamental do projecto crítico de Kant
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