A propósito de, natureza e humano...
Um feixe de fotões pode incidir sobre um objecto refractável, acontecendo que os fotões se dispersam em várias direcções. Acontece que não é possível determinar para onde cada fotão irá dispersar-se. Temos apenas um conjunto de possibilidades. Se existirem dois caminhos possíveis, há 50% de probabilidades de cada fotão seguir cada um deles. Também não é possível identificar cada fotão e dizer: o fotão nº X, que identificámos antes de atravessar o objecto refractável, é este. Não sabemos onde cada fotão se encontra agora, depois de atravessar o tal objecto. Sabemos apenas que uns passaram numa trajectória, e outros noutra, mas não temos como saber qual fotão passou por qual. Tudo o que podemos dizer é que, antes da experiência, cada fotão tinha as mesmas probabilidades de adoptar cada uma das trajectórias.
Esta indeterminação dos objectos quânticos terá reflexos na liberdade humana?
Um mundo regular parece erradicar a liberdade, mas um mundo indeterminado não o fará igualmente?
Ou será que o caso humano deve ser analisado a partir de outros pressupostos?
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Os textos publicados neste blog por luisffmendes estão sob uma licença Creative Commons
Sem comentários:
Enviar um comentário
discutindo filosofia...