No Iluminismo, a consciência regressa à certeza sensível
porque todas as formas de consciência além da certeza sensível se mostraram
inválidas. Esta prova é, de facto, uma prova negativa, mas a razão não é aqui
capaz de outra prova, pois a verdade positiva da certeza sensível é,
justamente, o conceito como objecto para a consciência. A sua verdade positiva
é o ser-para-si própria imediato: cada consciência encontra a certeza absoluta
de que ela mesma é, a certeza
absoluta de que existem outras coisas fora
dela mesma, e de que o seu ser natural
é, tal como o das outras coisas, absoluto.
Nesta forma de consciência que é essencialmente inteligência a razão regrediu à
certeza sensível, tomando esta certeza como resultado assegurado na própria
certeza que ela é imediatamente. Na verdade, tudo para o Iluminismo se
compreende num mesmo sentido, isto é, como coisa
real. No imediato da coisa real a consciência assegura-se da sua essência,
e desse modo compreende-se a si-mesma e a tudo o que ela não é dessa mesma
forma: como coisa real.
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