A propósito de cristãos
Um sujeito entra no restaurante, senta-se e pede o menu. Estuda com cuidado a oferta e conclui que o frango assado com arroz custa 10 €, mas o bacalhau com batatas a murro custa 50 €. O prezado cliente bem que degustaria o bacalhau com as batatinhas, o prato que decididamente mais o cativa. Mas o facto de custar 50 € é uma grande desvantagem, por isso resolve o assunto chamando o empregando e pedindo:
- Olhe, eu quero o frango assado com arroz, mas se fizesse favor, troque-me o frango por bacalhau e, já agora, o arroz por batatas a murro.
Como é evidente, o empregado não aceitou a negociata, facto que indispôs terrivelmente o prezado cliente que imediatamente abandonou o restaurante queixando-se de que não tinha liberdade de escolha ali.
Ora, é mais ou menos isto que se passa com o cristão nos tempos de hoje: o sujeito quer ser cristão, mas não se contenta com a liberdade de poder escolher ser cristão ou não. Também quer decidir o que significa ser cristão. Então, diz que é cristão, mas ser cristão passa a ser outra coisa qualquer. Tal como o cliente que pede frango, mas depois quer comer bacalhau.
sexta-feira, 19 de janeiro de 2018
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