A ideia de que a relação paternal é o arquétipo da ética porque os pais tudo dão aos filhos sem nada pedirem em troca é absurda. O que acontece é que a maioria dos pais só está disposto a cuidar dos filhos porque os ama - ora, a ética é cuidar mesmo quando não se ama.
A ética é respeitar e cuidar mesmo dos "quasimodos", por quem se sente repulsa física, de quem se deseja distância...
Cuidar e respeitar não só dos belos e bons, daqueles que desejamos ou amamos, mas sobretudo daqueles por quem ninguém se interessa, que estão ao abandono.
Pois, como dizia Jesus: que há de mais em cuidar dos amigos - o decisivo é cuidar dos inimigos!
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