quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

É Natal: de onde vem o presépio?




A propósito do presépio.



O que é que do presépio está presente no Novo Testamento?

Na verdade, só a partir do século XIII alguém se haveria de lembrar de fazer um presépio.

No entanto, em Lc 2:7 encontramos uma referência a uma manjedoura, φάτνη. Envolvido em panos, o menino Jesus foi deitado in praesepio, ou seja, numa manjedoura. É, portanto, desta expressão em latim, in praesepio, que provém o termo presépio em português. Presépio significa manjedoura.

Lucas menciona também pastores e anjos (Lc 2:8-20).

Por sua vez, Mateus 2:1-12 fala de magos, μάγοι (mágoi). O termo grego μάγος (mágos), designa um homem sábio persa, da classe sacerdotal. Mas não há qualquer referência a quantos são nem à possibilidade de serem reis.

A referência a três reis magos, e aos nomes Gaspar e Melchior, aparece na Excerpta Latina Barbari (página 51v e 52) composta entre o século V e VI. 
Um outro texto do século VI, A Caverna dos Tesouros (página 40b, col. 2), apresenta nomes bastante diferentes (em siríaco). 
Um outro tratado do século VIII, traduzido do grego para o latim, Flores ex diversis, já enumera os três nomes hoje conhecidos: Melchior, Gaspar (ou Caspar) e Baltasar.

Quanto ao boi e ao burro encontra-se referência num escrito, talvez do século VII, a que se chama hoje Evangelho de Pseudo-Mateus (cap. XIV).

Finalmente, foi Francisco de Assis que, já no século XIII, fez o primeiro presépio.

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