sábado, 17 de março de 2018
Sobre a obrigação incondicional da existência futura da humanidade e o dever de reprodução
A propósito do dever de reprodução
Margaret Atwood, O Conto Da Aia
A humanidade atravessa uma das maiores crises da sua história: deixou de ser capaz de se reproduzir. Ou mais correctamente: as mulheres deixaram de ser capazes de procriar. Pelo menos, uma parte delas. Uma grande parte delas. A maior parte delas.
A maior parte das mulheres tornou-se infértil. Só uma pequena percentagem das mulheres ainda é capaz de se reproduzir.
Correspondentemente, surge um regime pragmático, prudencial, que rapidamente se apropria das mulheres férteis e as transforma em máquinas reprodutoras.
Hans Jonas, no livro O princípio da responsabilidade, defende que a existência não é um direito, mas sim um dever - um dever que inclui o dever de reprodução, pois a existência futura da humanidade é uma obrigação incondicional.
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