Uma das coisas mais extraordinárias do humano é que, sendo um ente que, como se sabe, está dotado de um interesse absoluto por si mesmo, tende a estar no mundo de tal modo que a sua própria vida toma verdadeiramente a forma de uma distracção. O interesse desmedido por si continua a vigorar - de facto e inamovível - e é precisamente no meio dele e por ele que o humano se entrega ao totalmente irrelevante. Isso pode ser visto sempre que consideramos o correspondente disto no mundo, da perspectiva do mundo: um sujeito que se move por um interesse superlativo pode ser justamente aquele que se ocupa de aquisições absolutamente irrelevantes - de aquisições que se caracterizam propriamente por corresponderem a um grau zero de aquisição! A excentricidade é isso: o sujeito é o centro do seu mundo e, no entanto, está completamente descentrado de si!
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