A propósito da economia de mercado e da economia de recursos
Imagine-se uma colónia de formigas que ficou presa por a água rodear o pequeno monte onde está situada. Tornado numa pequena ilha, o pequeno monte não dispõe de recursos suficientes para a sobrevivência da colónia. As formigas precisam de construir uma ponte para poderem procurar fora da ilha mais recursos. A colónia pertence a uma espécie de formigas que dispõe da habilidade de construir pontes recorrendo a folhas e a pequenos paus. No monte há uma quantidade de folhas dispersas e paus caídos, suficientes para construir uma ponte que atravesse a água até ao outro lado. As formigas imediatamente se põem a trabalhar e constroem a dita ponte com uma organização espantosa.
Agora suponha-se que não falávamos de formigas, mas se homens. Como a colónia de homens tinha gasto o dinheiro disponível noutras coisas, não acautelando o futuro contra casualidades inesperadas, agora já não dispunha de dinheiro para pagar a construção da ponte. O facto de a colónia de homens dispor de homens aptos para construírem a ponte, e de haver uma quantidade de materiais disponíveis suficiente para construir a ponte, não garantiria, só por si, a edificação da ponte. A colónia de homens acabaria por morrer à fome. Não porque não tivesse homens aptos e suficientes para construir a ponte. Não porque não tivesse à sua disposição os recursos suficientes para construir a ponte. Mas sim porque não tinha dinheiro.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Os textos publicados neste blog por luisffmendes estão sob uma licença Creative Commons
Sem comentários:
Enviar um comentário
discutindo filosofia...